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  • 02 abril 2020
  • Fronteira
Cataratas do Iguaçu registram a menor vazão de água do ano, diz Copel

O Rio Iguaçu teve a menor vazão de 2020 nesta quinta-feira (5) nas Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. As informações são da Companhia Paranaense de Energia (Copel), responsável pelo monitoramento hidrológico do rio.

 

Até manhã desta quinta-feira, a Copel registrou a vazão de 261 mil litros de água por segundo, isso representa 17,4% da vazão normal, de 1,5 milhão. Veja mais fotos das Cataratas abaixo.

 

De junho de 2019 até março de 2020, em todos os meses, choveu menos do que a média histórica no Paraná, contou o diretor de meio ambiente e ação social da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Júlio Gonchorosky.

 

Ele explicou que a situação é grave não só no Rio Iguaçu, mas em todos os mananciais do estado.

 

O Paraná está passando por uma das estiagens mais severas dos últimos 50 anos, disse.

De acordo com Gonchorosky, a expectativa de melhora para esse cenário ainda não é das melhores. A previsão é de que nos próximos três meses, o máximo que deve acontecer, é de que as chuvas ocorram dentro da média.

 

A recuperação para esse período de estiagem, conforme o diretor, deve ocorrer apenas nas chuvas de verão.

 

O Parque Nacional do Iguaçu está fechado para visitação deste o dia 18 de março. A medida é uma forma de prevenir a propagação do novo coronavírus.

 

Preservação dos recursos hídricos

De acordo com o diretor de meio ambiente, a Sanepar trabalha com programas de preservação dos mananciais de abastecimentos.

 

Entre as ações realizadas, conforme o diretor, foi criado um plano de segurança de água em Cascavel. O projeto é pioneiro no estado e deverá ser aplicado em outros municípios.

 

O objetivo do plano é analisar a bacia que abastece a cidade e estudar como está a conservação dela. Dessa forma, a companhia levanta informações sobre a área da mata ciliar e os fatores que podem influenciar na geração de água.

 

O diretor explicou que o estudo leva em consideração como estão as pressões externas sobre essa bacia, como os loteamentos, indústrias e plantações em torno dela.

 

Com o plano em mãos, conforme a Sanepar, é possível criar políticas públicas para que o manancial seja preservado e, como consequência, possa ser mantida a capacidade de abastecimento de água daquela cidade.

 

Quando os fatores são apenas climáticos, como é o caso da estiagem atual, não é possível controlar a situação, segundo o diretor. Por isso, os trabalhos de gestão que envolvem as ações humanas devem ser revistos e implementados com cuidado.


Fonte: G1 Paraná
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