Notícia

  • 23 setembro 2020
  • Paraná
Estiagem no Paraná tem o pior cenário nacional

O Paraná estreou em agosto no Monitor de Secas com o pior cenário nacional. A estiagem assola todo o território paranaense, sendo que o estado é o que tem a maior gravidade do fenômeno entre as 19 unidades da federação acompanhadas pelo Monitor. Em 8,61% e 61,14% do Paraná houve, respectivamente, seca extrema e seca grave, os maiores percentuais do País no mês. Os impactos são de longo prazo na porção centro-oeste, e de curto e longo prazo no restante do Estado.

 

O Mapa do Monitor de agosto já está disponível e registra o aumento das áreas com seca em 12 das 19 unidades da federação acompanhadas: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

 

A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente na Bahia e no Espírito Santo, sendo que o Distrito Federal se manteve sem seca.

 

Enquanto Mato Grosso do Sul manteve 100% de seu território com seca, os três estados do Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – ainda não podem ter sua situação comparada com meses anteriores porque estreiam no Mapa do Monitor de agosto.

 

Em termos de severidade do fenômeno, oito estados tiveram o agravamento da seca entre julho e agosto: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Ainda não é possível fazer tal comparação para os três estados do Sul.

 

Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nessas unidades que compõem o Mapa do Monitor, exceto no litoral leste do Nordeste e em grande parte do Sul.

 

No Paraná, houve chuvas acima da média com volumes mais significativos no oeste em agosto. Em parte do norte e do sul/sudoeste do Estado, a intensidade da seca é moderada. Na porção leste, a seca é considerada extrema. Nas demais áreas do Paraná, a intensidade da seca ficou grave.

 

O que é

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

 

O Monitor de Secas é coordenado pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), com o apoio da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.

 

No Paraná, o IAT (Instituto Água e Terra) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) são os órgãos que atuam no Monitor de Secas.

 

Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões.

 

O Monitor de Secas foi concebido com base no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.


Fonte: O PARANÁ
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