Notícia

  • 08 junho 2018
  • Realeza
Realezense conta experiência de doar medula óssea

A história de vida de Leila Antunes, 35 anos, de Realeza (PR), teve acontecimentos emocionantes nos últimos meses.

Ela é doadora de medula óssea cadastrada há mais de um ano. Quatro meses após se cadastrar no Hemocentro em Francisco Beltrão, Leila recebeu uma ligação do Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea (REDOME), informando que seu sangue era compatível com um receptor, e que era necessário passar por uma nova coleta de sangue (5 ml), no Hemocentro, para que tivessem 100% de certeza da compatibilidade. A coleta foi novamente feita, porém alguns meses se passaram e não aconteceu um novo contato, levando ela a pensar que não teria dado certo a compatibilidade.

Leila confessa que pensou em muitas coisas, inclusive que a pessoa poderia ter falecido em função do tempo.

Passados 11 meses da primeira ligação, seu celular tocou e a ligação era do Rio de Janeiro. “Eu tinha certeza de que vinham notícias boas”, ela confessa. Era do REDOME e a pessoa explicou que na época o receptor não podia fazer o transplante, mas agora ele estava apto e perguntou     se ainda era do seu interesse continuar com a doação.

Leila disse que esta decisão foi tomada desde o momento em que fez o seu cadastro, e então ela foi orientada que teria que ir para São Paulo já na próxima semana para fazer todos os exames necessários.

No dia 11 de maio já estava na cidade de Jaú no Hospital Amaral Carvalho, onde foram coletados exames de sangue, raios X, exames cardiovasculares, e definido a melhor forma de doação, agora era só aguardar o próximo passo. “Eu tinha certeza de que já tinha dado tudo certo, pois Deus estava agindo”, destaca Leila.

Passado uns dias o REDOME retornou a ligação, os exames deram certo, agora era arrumar as malas para encarar o passo definitivo.

Em uma semana ela deveria estar de volta à Jaú, pois o paciente não poderia mais esperar. Dia 23 ela estava novamente no Hospital Amaral Carvalho e desta vez pra fazer uso do Granulokine, uma injeção pra produção de células tronco.

Tomou 10, eram duas por dia, uma de manhã e outra a tarde no braço, com a aplicação da injeção vieram as dores, mas tudo isso fazia parte do processo, segundo o médico, essas dores eram um ótimo sinal, pois estava fazendo o efeito necessário.

Passados os cinco dias das doses, chegou o tão esperado dia, 28 de maio, “o dia em que Deus me escolheu para devolver a alegria na vida de uma família”, diz Leila.

A coleta foi excelente, demorou cinco horas na máquina, coletou-se 5,6 mg. 

Leila não faz ideia de quem tenha recebido, a ética médica não permite essas informações, “mas isso é o que menos importa, seja quem for, o terei como parte de minha família, diz ela.

Para essa iniciativa seus familiares foram importantes, pois além de apoiar na sua decisão assumiram todos os cuidados da família, ela tem filhos pequenos.

A mensagem que Leia deixa é a importância das pessoas se tornarem doadoras, “pois não há o que temer onde Deus coloca suas mãos. Não esqueçam de fazer a diferença, pois sempre terá alguém lutando e esperando por uma ação sua”, conclui.


Fonte: Jornalismo Rádio Clube - Fotos: Arquivo pessoal
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