O suspeito que matou Anselmo Moreno Gonçalves, de 30 anos, praticou o crime para a realização de um ritual macabro em Palotina (PR), na segunda-feira (6). À polícia, ele confessou o assassinato.
"Ele informou que já praticou vários tipos de religiões, mas o ritual seria luciferiano", relatou o Tenente da Polícia Militar Leonardo Franco de Oliveira.
A vítima era procurada pelos familiares e amigos há dois dias. Os conhecidos encontraram parte do corpo desovado dentro de uma casa na Rua Álvaro Moreira, no Bairro Pôr do Sol, em Palotina (PR), e acionaram a Polícia Militar.
Os militares localizaram o dono do imóvel. O suspeito contou que um colega o ajudou a ocultar o cadáver.
COMO ACONTECEU O CRIME?
Segundo o relato do acusado à Polícia Militar, ele atraiu Anselmo Moreno Gonçalves para Palotina ao dizer que queria adquirir roupas do comerciante, mas era mentira.
Anselmo entrou na casa e foi alvejado por dois disparos de arma de fogo. Nenhum vizinho acionou a Polícia Militar ao ouvir o som dos tiros. Logo em seguida, o assassino realizou o ritual e, na tentativa de ocultar o cadáver, decepou todos os membros do corpo do comerciante.
Dois dias depois do esquartejamento, nesta quarta-feira (8), o suspeito pediu ajuda ao comparsa para esconder as sacolas com os restos mortais de Ancelmo em outro lugar e pôr fogo no automóvel Fiat Uno.
O carro destruído pelas chamas e algumas partes do corpo foram encontradas em área de mata perto da Linha Catarinense, no interior de Palotina (PR), perto das divisas de Maripá (PR) e Nova Santa Rosa (PR).
AS INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL
A arma e as facas utilizadas durante a prática do crime foram encontradas e apreendidas pela Polícia Civil, segundo o delegado Pedro Lucena.
Assim como o assassino, o comparsa assumiu ter auxiliado na tentativa de esconder o defunto e foram presos em flagrante.
O inquérito está em processo avançado porque os acusados assumiram a autoria do crime e detalham o caso. Apesar disso, a perícia deve verificar se os relatos dos dois são verdadeiros.
A Polícia Civil deve ouvir as testemunhas e, nos próximos dias, encaminhar o inquérito para a Justiça.
De acordo com o delegado Pedro Lucena, eles devem responder por homicídio triplamente qualificado. A pena do crime deve variar entre 12 e 30 anos. Além disso, há a possibilidade das investigações indicarem a prática do latrocínio porque a vítima detinha peças de roupas para comercialização.
ANSELMO MORENO GONÇALVES
Anselmo Moreno Gonçalves era natural de Francisco Alves (PR), trabalhava em uma cooperativa e vendia roupas.
A Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros e Instituto Médico Legal (IML) foram mobilizados para atender a ocorrência. A Polícia Civil continua as investigações do caso.
Fonte: CATVE / Foto: CORREIO DO AR