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  • 19 novembro 2021
  • Fronteira
Irigoyen registra forte retomada comercial após reabertura da fronteira

Cada vez mais brasileiros cruzam a fronteira para fazer compras em Bernardo de Irigoyen na Argentina, por conta da diferença de câmbio. As travessias têm crescido nos últimos dias até três blocos de filas de carros foram registrados para entrar no país.

 

Hoje sexta-feira 18 de novembro marca um mês desde a reabertura do corredor entre Bernardo de Irigoyen e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. Nesse período, o aumento da movimentação foi notável, apesar de não haver números oficiais de quantas turistas adentraram no país. Porém, a partir de Migrações reconheceram que houve um aumento do tráfego nos últimos dias, dada a maior flexibilidade das exigências.

 

O movimento começou a aumentar uma semana após a reabertura e após a eliminação da obrigatoriedade de apresentação do PCR negativo, tanto de entrada quanto de saída do país, para pessoas que faziam Trânsito de Bairro Fronteiriço e pudessem verificar residência nos municípios limítrofes, medida que passou a funcionar como teste piloto e posteriormente foi eliminado definitivamente para travessias de fronteira.

 

Em seguida, houve maior flexibilidade para o trânsito de bairros até 50 quilômetros da fronteira e o aumento da cota diária que permite a entrada de 5 mil pessoas no país.

 

Desse modo, a entrada de brasileiros dobrou e nos feriados ou finais de semana o número de brasileiros em Irigoyen triplicou. Isso se refletiu no último fim de semana, quando foi um longo fim de semana no Brasil e até três blocos de linhas foram observados para entrar em Irigoyen.

 

Os itens preferidos

 

Favorecidos pelas diferenças de câmbio, com um real entre 30 e 33 pesos, os brasileiros vão às lojas de Irigoyen em busca de produtos comestíveis, como carnes, óleos, doce de leite, farinha de trigo e a maioria dos que compõem a cesta básica. Também chocolates, alfajores e nougat, além de produtos de limpeza, cosméticos e perfumaria, artigos de farmácia e bebidas, como vinhos, espumantes, whisky e energéticos.

 

O combustível lidera as vendas porque o brasileiro consegue por menos da metade do preço de seu país, o que faz com que alguns postos de gasolina comecem a faltar.

 

Existem quatro estações de serviço em Irigoyen e a que falta com mais frequência é a YPF. As outras três estações também têm uma grande demanda e, em alguns casos, também faltam.

 

Além das longas filas de veículos nos postos, a busca pelo combustível em latas, a pé, em bicicletas, motocicletas, em baús ou carrocerias já faz parte da paisagem Irigoyense.

 

Outra das maiores diferenças de preços está na compra de gás do lado argentino onde a botija de 13 quilos custa cerca de 800 pesos, enquanto no Brasil ronda os 4 mil pesos.

 

Após a abertura da fronteira, em Irigoyen não só as vendas aumentaram nos negócios em funcionamento, mas também foram abertas novas instalações comerciais, gerando muito trabalho e renda para as famílias locais.

 

Em conversas como prefeito Guillermo Fernández, o mesmo comentou: "Vemos um movimento comercial importante que está crescendo com o passar dos dias, nossos comerciantes e empresários consertando suas lojas, reformando suas gôndolas, novas lojas que foram abertas, gerando assim mais mão de obra para o município e mais renda também, tudo é uma rede, então estamos muito felizes e esperamos poder voltar em breve à plena normalidade, mas sempre cuidando de nós mesmos e respeitando as medidas sanitárias estabelecidas".

 

"Somos todos favorecidos, brasileiros, por causa das diferenças de câmbio que vêm comprar nas lojas Irigoyen, onde encontram produtos mais baratos, mas também vamos comprar dos nossos irmãos do outro lado da fronteira por questões culturais. um grande desenvolvimento regional é gerado por meio do comércio e do turismo, trazendo também avanços para toda a região", finalizou o prefeito Fernández.


Fonte: Fabián Acosta / Irigoyen Informa
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