A falta de chuvas regulares no sudoeste do Paraná está castigando os agricultores que possuem milho na frase de frutificação.
De acordo com Antoninho Fontanela, Técnico agrícola da SEAB houve uma redução significativa nas precipitações de chuvas nos últimos 11 meses. "Analisando os dados da estação meteorológica do Simepar de Fco Beltrão nós últimos 11 meses deveria ter sido registrado acima dos 1.650 mm isso daria uma média mensal de 150mm, mas foram registrados apenas 1.009mm ou seja 91mm uma redução de 40% nas precipitações, nesse período apenas 3 meses teve registro de precipitações normais acima dos 150 mm. Novembro de 19 com 161mm , janeiro 189mm é fevereiro 153mm. Ficando assim :
Junho de 2019: 39mm
Julho: 26mm
Agosto: 22mm
Setembro: 62mm
Outubro: 121mm
Novembro: 161mm
Dezembro: 135mm
Janeiro 2020 189mm
Fevereiro 2020: 159 mm
Março 2020: 60mm
Abril 2020: 41 mm
Portanto está aí o porque estamos com essa escassez de água. Se tirar os três meses que mais choveu a média mensal cai para 63.2mm representando 42% das chuvas normais" Afirmou o técnico agrícola.
Nos 27 municípios do sudoeste do estado, de acordo com SEAB, há 25 mil hectares de feijão plantados e mais 110 mil hectares de milho safrinha, destes, 30 mil hectares de milho são destinados a produção de silagem para ser fornecida na alimentação animal e o restante é destinado a produção de grãos. As duas culturas já apresentam perdas acentuadas e só dependem agora da chuva para que possam frutificar, haja visto que estão na fase de floração e frutificação que é o período em que as culturas mais precisam de água.
Ainda conforme Fontanela, a seca também está atrapalhando as culturas de inverno como a lavoura de aveia destinada ao gado, que já está atrasada, bem como a de trigo. Ainda não há dados precisos sobre as perdas mas um balanço deve ser feito nas próximas semanas para saber quanto de fato foi perdido.
Fonte: Portal de Beltrão